Queremos abordar as temáticas do risco e da fragilidade psicossocial com rigor, de forma a garantir que a nossa intervenção é o mais focada e concertada possível com os operadores no terreno, alinhando objetivos e formas de intervenção inovadoras para obtenção de resultados transformadores. Se queremos mudar temos que agir de forma inovadora e responsável. Para tal, analisámos exaustivamente os números da nossa realidade e problemáticas que demonstramos em baixo.
* subutilização do trabalho: desempregados oficiais, os inativos e o subemprego de trabalhadores a tempo parcial
** população jovem fora do mercado de trabalho e de instituições educacionais: nem trabalham nem estudam (NEET - not in education, employment, or training)
Nota: poderá haver um erro aproximado de 7% neste gráfico devido ao desfasamento temporal de alguns dos dados, sem que isto se reflita numa alteração significativa destas caraterísticas da realidade.
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O aumento da escolaridade mínima obrigatória traz uma redução da taxa de abandono escolar precoce (de 17% em 2014 para 14% em 2017); contudo, é um valor que importa continuar a reduzir. A percentagem de matriculados em idade própria não compreende a totalidade da população para cada faixa etária, podendo estar na origem de problemas vários de cariz social e de saúde na população jovem e, por consequência - posteriormente -, na população adulta.
Apesar da taxa de abandono escolar precoce estar a diminuir, assiste-se a um aumento da indisciplina e da criminalidade escolar. De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) 2016, a criminilalidade no exterior da escola cresceu 5,6% em relação ao ano anterior e o registo global de ocorrências em ambiente escolar cresceu 6,2% no espaço de um ano.
O rendimento escolar tem-se mostrado algo instável, verificando-se uma média de provas e exames nacionais pouco satisfatória, a qual vem a descrescer, conforme consta no relatório 2015 e de 2016 do Júri Nacional de Exames.
A dependência tecnológica revela-se uma tendência - sobretudo entre jovens - que evidencia graves problemas sociais.
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Em 2014 o pico da taxa de suicídio coincide com o período de crise e também com uma mudança da metodologia do registo das causas de morte. Contudo, se juntássemos a este valor, os 20% das mortes de causa indeterminada, conforme a tendência internacional, nesse caso, a taxa subiria dos 11,7% para cerca de 15% por 100.000 habitantes, o que, segundo a OMS, “nos colocaria entre os países a quem é recomendado maior alerta”.
Nota 1: Portugal é o 2º país do mundo com maiores níveis de depressão, logo atrás dos Estados Unidos da América.
Nota 2: O suicídio representa 1,5% das mortes no mundo e a principal causa de morte na faixa etária dos 19 e os 25 anos.
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Fontes (consultadas entre Maio e Agosto 2017)
- Observador http://observador.pt/2017/08/09/desemprego-real-e-quase-o-dobro-do-conhecido/ e http://observador.pt/2016/03/24/periodo-crise-economica-registou-taxa-suicidio-alta/
- E-konomista http://www.e-konomista.pt/artigo/neet/
- Expresso http://expresso.sapo.pt/economia/2016-08-11-O-que-fazem-os-jovens--Em-Portugal-175-nem-estudam-nem-trabalham e http://expresso.sapo.pt/economia/2017-06-25-Governo-quer-chegar-aos-176-mil--jovens-afastados-do-sistema
- INE https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpgid=ine_main&xpid=INE
- Pordata https://www.pordata.pt/Site/
- Rádio Novantena http://radionovaantena.com/2017/01/13/1500-familias-beneficiaram-do-rsi-no-distrito-de-evora-em-2016/
- GEAT - Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas http://dependenciadetecnologia.org/dependencia-de-tecnologia/definicoes/
- SIC http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2017-05-22-Insucesso-escolar-no-1.-ciclo-atinge-cerca-de-615-dos-concelhos
- TVI http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/provas-finais/exames-do-ensino-basico-registam-ligeira-subida-das-classificacoes-medias
- Público https://www.publico.pt/2016/01/18/sociedade/noticia/esgotados-e-pouco-realizados-mais-trabalhadores-com-sintomas-de-burnout-1720651
- I (online) https://ionline.sapo.pt/557294
- CM Jornal http://www.cmjornal.pt/multimedia/graficos/detalhe/os-numeros-da-depressao-em-portugal
- OMS http://www.who.int/en/